O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, declarou que o aval dado pela convenção ainda é o início do processo e não há definições sobre o nome que será adotado
O PSDB aprovou nesta quinta-feira, 5, a fusão com o Podemos. A decisão foi tomada por unanimidade durante a convenção nacional convocada para hoje. Participaram do processo integrantes do Diretório Nacional do partido, senadores, deputados e representantes de cada estado. Foram 201 votos a favor, dois contrários e duas abstenções.
A união acontece em meio a um processo de desidratação do PSDB, que já comandou a Presidência da República por dois mandatos com Fernando Henrique Cardoso e polarizou a política nacional com o PT por cerca de 20 anos, mas que hoje tem uma bancada diminuta no Congresso, de governadores e de líderes nacionais.
Nas perdas mais recentes, os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de Pernambuco, Raquel Lyra, saíram do PSDB e se filiaram ao PSD.
O Podemos ainda precisa votar para decidir se concorda com a fusão, mas a tendência é que a sigla não crie obstáculos para a aliança.
Apesar da união ser tratada como uma fusão, sem garantia ainda de manter o nome e o número usados hoje pelo PSDB e nem um tucano no comando nacional do novo partido, os tucanos têm falado em incorporar o Podemos. Isso acontece porque o PSDB está federado com o Cidadania até o início de 2026 e não poderia se fundir com outro partido, agora sem a anuência da legenda.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, declarou que o aval dado pela convenção ainda é o início do processo e não há definições sobre o nome que será adotado pela nova sigla e nem o número usado nas urnas. Ele também declarou que não há acordo hoje sobre a presidência nacional da nova legenda.
Fonte: Exame/ comentarista político Weder Salgado