Bolsonaro se pronuncia após indiciamento

Após ser indiciado pela Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou pela primeira vez nesta quinta-feira, 21. Bolsonaro é acusado de envolvimento na suposta tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. O indiciamento seguirá para relator do caso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e depois seguirá para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em uma entrevista, Bolsonaro informou que espera por um advogado e afirmou que “o ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei. Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF.”

Sobre o encaminhamento à PGR, ele acredita que “a luta” começa aí: “Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar.”

Entenda o caso
Bolsonaro foi indiciado a lado de 36 outras pessoas, sob a acusação de tramarem uma tentativa de golpe de Estado de 2022, assim como mando de assassinado de Lula (PT), Alckmin e sequestro de Alexandre de Moraes. A operação, denominada Contragolpe, foi deflagrada na quarta-feira, 20, e já prendeu seis militares acusados de envolvimento.

Para 2025

O Procurador-Geral da República responsável pelo caso de Bolsonaro, Paulo Gustavo Gonet Branco, decidiu nesta sexta-feira, 22, que o caso só deve se transformar em denúncia de fato após fevereiro de 2025. Até lá, a PGR deve analisar o documento que será encaminhado por Moraes e estudar individualmente cada um dos envolvidos.

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