O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em entrevista, nessa semana, que será candidato à presidência da República em 2026. Ele está inelegível desde junho de 2023, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). À rádio que o sabatinou, Bolsonaro disse que “O candidato para 2026 é Jair Messias Bolsonaro”.
A inelegibilidade de Bolsonaro veio por duas condenações da Corte eleitoral. O TSE entende que o ex-presidente praticou abuso de poder político em julho de 2022, durante reunião do presidente com embaixadores estrangeiros. A segunda condenação veio por uso indevido dos meios de comunicação, para promover sua campanha à reeleição no dia 7 de setembro de 2022, em um evento oficial do Estado brasileiro.
No entanto, recentemente, Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é o “número um da fila” para ser o candidato da base, caso o ex-presidente não concorra.
Anistia
Para que o ex-presidente Bolsonaro saia candidato em 2026 é necessário, portanto, que o PL da Anistia seja aprovada no Congresso. Valdemar Costa Neto está trabalhando nisso. O presidente do partido de Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira, 17, que o apoio da sigla aos candidatos à presidência da Câmara e do Senado está condicionado à aprovação do PL da Anistia, cujo objetivo também é conceder anistia aos envolvidos nos atos de de 8 de janeiro de 2023 e impedir punições a Bolsonaro.
“A proposta de anistia não trata diretamente do Bolsonaro, mas temos que incluir esse tema no andamento dos trabalhos. Vamos colocar essa pauta nas mãos dos presidentes da Câmara e do Senado para garantir nosso apoio,” declarou Valdemar em entrevista à CNN Brasil. Ele ressaltou a importância de articular politicamente para garantir que a proposta avance. “Temos que convencer os deputados a votarem a favor da anistia. Esse embate com Bolsonaro não pode ser resolvido da forma absurda que foi no TSE,” criticou Valdemar, referindo-se à decisão que tornou Bolsonaro inelegível.
O projeto de anistia está atualmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), aguardando votação. O relator do projeto, deputado Rodrigo Valadares (União-SE), leu seu parecer no último dia 8, mas o texto enfrenta resistência entre parlamentares governistas. A proposta prevê anistiar pessoas envolvidas em crimes com “motivação política ou eleitoral” relacionados ao ataque de 8 de janeiro, o que pode incluir Bolsonaro.
Com informações do jornal O Hoje e do Hora Brasília
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