O apoio dos prefeitos — que conhecem o “chão de fábrica” da política — é o termômetro que faltaria ao projeto do senador
Nos corredores da política goiana, o silêncio das bases tem incomodado — e muito — o senador Wilder Morais (PL). Pré-candidato natural do partido ao Palácio das Esmeraldas em 2026, Wilder enfrenta hoje uma desconexão preocupante com os prefeitos, que permanecem majoritariamente distantes ou, nos bastidores, ensaiam aproximações com outras lideranças estaduais.
Fontes próximas ao meio político garantem: a estrutura de Wilder ainda não desceu à base. Enquanto isso, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) — nome escolhido pelo governador Ronaldo Caiado (UB) para dar continuidade ao seu projeto político — mantém ritmo acelerado de articulações.
A previsão é que Caiado transfira o comando do Estado a Daniel em março de 2026, reforçando o protagonismo do MDB na corrida eleitoral.
Nesse cenário, Wilder segue sem um grupo municipalista consolidado, o que é considerado essencial para qualquer candidatura majoritária em Goiás. O apoio dos prefeitos — que conhecem o “chão de fábrica” da política — é o termômetro que faltaria ao projeto do senador.
Por enquanto, apenas três prefeitos do PL declararam apoio à possível candidatura de Wilder:
• Geneilton Assis, de Jataí
• Maycllyn Carreiro, de Morrinhos – que estaria em tratativas para se reaproximar de Caiado
• Simone Ribeiro, de Formosa – em constante interlocução com Daniel Vilela
A pergunta que começa a ganhar força entre os analistas é direta:
Wilder conseguirá furar essa bolha de isolamento político? Ou seguirá sendo um nome de prestígio nacional, mas sem musculatura no interior goiano, onde se define o jogo?
Por Weder Salgado – Comentarista Político